Não cansar de te amar, nunca!

Nessas horas da vida atoa parei e me peguei olhando pro nada e tendo aquela sensaçãozinha de alivio, um grande alivio. Lembrei de você, do nosso primeiro esbarrão da vida. Sabe foi bom eu não ter te agarrado lá atras, foi bom você também ter me dado o "troco", foi bom ter voltado a esbarrar com você e foi melhor ainda dessa vez não ter ficado só no esbarrão, grudamos. Não posso entrar num ônibus ou andar de metro e sentar na janela, que o passar do "lá fora" me traz você aqui dentro. Pensar em tudo em que eu vivi e ainda assim conseguir te achar, te encaixar e te julgar como a minha melhor fase, isso sim é maravilhoso.

O tempo tem mesmo uma forma inexplicavelmente grandiosa e surpreendente de ditar e guiar os rumos de cada trecho de vida. Cheguei a me olhar no espelho e me ver completamente sozinha e desolada só por não ter calor, cheguei a pensar que amor talvez fosse algo grande demais pro meu tamaninho, cheguei a não querer olhar para traz só para não ter a sensação de te sentir de novo. Fugi do lugar mais confortável do mundo para mim. Seus braços. Não muito fortes, morenos e firmes. Quanta ingenuidade a minha. Como pode alguém querer abandonar o seu próprio sorriso, mesmo que no momento não esteja sendo apenas sorriso. Como pode? Mas ai o tempo se encaixa e o velho e antigo clichê do amigo de dores de cotovelo Caio F. de Abreu também: "Jogue pro alto, se voltar é seu." Voltou, é meu!

Hoje gosto de olhar bem no fundo desse seu olhar negro, lindo, sinto segurança neles. A mesma segurança de quando você me abraça e anda de mão dada comigo pelas ruas. Na verdade eu gosto mesmo é de te sentir, te sentir perto, te sentir me amando. Nada melhor do que ouvir a sua respiração no telefone quando já não temos assunto e aquele "ah" repentino que quebra o silencio quando você lembra que tem que dizer alguma coisa. Sensação boa de te olhar dormindo, mesmo que seus olhos fiquem meio abertos e pareça que você está me vigiando malignamente, de escutar você reclamando das minhas manias, ciúmes e paranoias; ouvir tua risada boba, te fazer aquele carinho que, eu sei, só eu sei fazer. Adorando sempre o jeito com que você consegue me convencer com as suas chantagens emocionais e o jeito com que você me faz cosquinhas, fazendo eu gargalhar. Não preciso nem falar que eu sou fascinada pelo o seu cheiro, cheiro que toda vez que eu te vejo eu torço para que grude na minha roupa só pra sentir você por mais algum tempinho depois que você vai embora. Cheguei em uma etapa que está estampado na minha testa que o meu caminhar precisa do teu, por motivos de segurança, entende? 

Não consigo achar algo que me agrade mais do que você, mesmo você sendo carregado de ironias e sarcasmos, de um jeito implicante que me dá nos nervos; do seu estresse e do jeito como me deixa envergonhada, da sua mania de não ligar paro o mundo. Bom meu caro, se isso não é te amar com todas as minhas forças, deve ser algum tipo de doença. Doente ou não, sou sua. Sempre fui, você sabe. Não existe mais ninguém nesse mundo que possa me fazer feliz, além de você. E você também sabe disso.  

Lembrar da nossa historia é lembrar sempre de agradecer a Deus pelo agora. E agradecer a você por ser o melhor presente que a vida pode me proporcionar. Aumentando sempre aquela vontade de continuar a construir planos do teu lado, de escutar e de dizer eu te amo. Continuar a seguir do seu lado, tendo sempre aquelas conversas francas, onde se abra sempre todo o jogo; E que após os desentendimentos possamos sempre declarar o nosso amor, mesmo estando certos. Que o nosso abrigo seja sempre o nosso amor, esse que construímos depois de muito suor. Que a sua felicidade seja a minha, e vice-versa.